sexta-feira, 15 de abril de 2011

       2º - Criar imediatamente o salário máximo.
       O mínimo já nós cá temos. E o máximo? Como o meu leitor e conterrâneo deve saber, há na nossa língua, palavras que sugerem imediatamente outras ou seja, o seu antónimo por exemplo: quando eu digo “esquerda,” vem-me imediatamente á cabeça a palavra “direita.” Bonita sugere feia, grande – pequeno, comprido – curto e assim sucessivamente.
      Se reparar bem dentro deste intervalo sugerido por palavras antónimas, está tudo aquilo que diz respeito á coisa em questão. Entre a sua esquerda e a sua direita, está todo o seu organismo. Se nos referirmos a paisagens entre as bonitas e as feias, estão todo o tipo de paisagens possíveis e enfim, estes dois exemplos, são já suficientes para entendermos que a palavra “mínimo” referente a salários, sugere-nos imediatamente a palavra “máximo” e terá que ser entre estes dois extremos, que deverá ser obrigatoriamente concentrada toda a massa salarial dos trabalhadores do estado, o que realmente não acontece, nós sabemos o valor do salário mínimo, mas do máximo não, esse vai actualmente até ao infinito.
     Há trabalhadores do estado a ganhar vinte, trinta, cinquenta, cem e até mais do que outros, o que é como é lógico, ilógico, desumano, irracional e conduz o país irremediavelmente ao abismo, abismo esse que todos nós portugueses em geral já podemos infelizmente divisar.
      E porque motivo se fala apenas nos trabalhadores do estado! E os outros? Amigo com sabe, um Estado, País, ou Nação, que é tudo a mesma coisa, é constituído pelo território geograficamente definido e pelas pessoas que nele habitam. Ora as pessoas dos variados territórios, a exemplo dos demais animais sociais, hierarquizaram-se, ou seja elevaram alguns deles a representantes de toda a sociedade, aos quais todos deveriam obedecer e respeitar e cuja missão primária seria a orientação de toda sociedade para o bem-estar comum. E assim nasceram os governos das nações.
      Em contrapartida, toda a sociedade deveria contribuir para a manutenção dessas pessoas bem como para a execução das obras que no âmbito das suas competências e visando sempre o bem-estar geral, esses senhores, ou seja, o governo dos diferentes países, se vissem na necessidade de realizar. E eis o sistema fiscal. 
      Ninguém disse a esses senhores, que o facto de serem eleitos representantes do povo, lhes dava o direito de auferirem mensalmente, verdadeiras fortunas se compararmos os seus salários com a grande maioria dos seus eleitores.
       Ninguém disse a esses senhores, que os seus colaboradores, os chamados funcionários públicos, não todos, mas a grande maioria deles, deveriam também auferir ordenados altíssimos em comparação com a esmagadora maioria dos outros trabalhadores do país que não trabalham para o estado, estando muitos milhares, senão mesmo milhões destes trabalhadores privados á beira da miséria e da fome, porque aqueles que foram eleitos governo, cujo objectivo primário era como já disse, zelar pelo bem comum, se revelaram uns totais inúteis, incompetentes, vaidosos e outras coisas semelhantes elitizaram-se, porque o dinheiro, o poder e a estupidez, tem destas coisas, elitiza as pessoas.
       E o povo? Que é feito do povo a quem o sistema fiscal, que esse sim, esse permanece fiel aos seus princípios, continua a lembrar e a obrigar a contribuir cada vez mais e mais porque as necessidades do governo são infindáveis.
       Ora o segundo passo do partido do povo português, é acabar imediatamente com este descalabro, que enriquece os funcionários públicos e empobrece a esmagadora maioria do restante povo.
       Nenhum português, funcionário público ou não deverá ganhar menos do que o salário mínimo, por algum motivo se chama mínimo, nem nenhum funcionário público deverá ganhar mais do que o máximo. A relação entre eles, deverá ser de 1 para 3 ou 4, é uma questão futura, que terá de ser ponderada de acordo com as possibilidades do país.                      
         
      
             

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